sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A JUSTIÇA - Tarot de Waite

 

A Justiça é o Arcano XI. É o 19º caminho da Árvore da Vida que liga Chesed, a força universal criativa, anabólica e Geburah, a força destrutiva, catabólica. O Arcano XI, a Justiça, é o equilíbrio constante destas duas forças. As antigas formas têm de ser destruídas para que novas formas sejam construídas. É o caminho do eterno movimento, do processo contínuo.
Quando o Viajante aprende a ouvir a sua voz interior, pergunta-se: "Que quero eu?", "Qual a finalidade da minha existência?". Para responder a estas perguntas necessita ouvir o Sumo Sacerdote e ver através dos olhos do Imperador. Agora os "tens de..." deixam de fazer sentido.

É uma carta de discernimento. Saber discernir é ser sábio. Existem forças que se digladiam dentro de cada um. Existem medos, lados obscuros que fazem parecer que a razão está fora deles. As noções de certo e errado, de pecado e benção são formas de aprisionar a alma, de impedir que cresça, respondendo aos seus impulsos mais profundos. Saber ver no escuro é uma questão de aprender a acender a Luz.

A carta de Justiça é uma carta de bom-senso, de tolerância, de versatilidade. Parar para ver para além da aparente escuridão. Não impedir que a Força, que está em cada um, fique acorrentada por medos e enganos. Calar e ver fundo são a forma de atuar com Justiça. Assim, a energia criativa poderá continuar a projetar na direção adequada ao seu movimento. É uma carta de Grande Sabedoria. A Justiça é um ato de Amor e versatilidade. Na ausência de rigidez acontecerá o movimento, fluido e bem direcionado.

Saber escolher, decidir, cumprir a tarefa. Ser Sábio é a carta de Justiça, não esquecendo que a tolerância faz parte deste processo. Ser tolerante não significa ser cúmplice com o que não concordamos. Significa aceitar a diferença e ser benevolente com o erro. Ser justo é, também, saber perdoar.

No movimento da carta Justiça o processo de auto-estima tem grande significado, pois só quem aprende a perdoar é que ama completamente. Amar os nossos defeitos é transformá-los de uma forma sábia, sem repressão, com bom-senso positivá-los. Perceber que o certo e errado não são tão estanques quanto parecem. Perceber que nada é estanque. Que tudo pode ser alterado desde que, com bom-senso, seja percebido o erro. Esta é a carta da Justiça.

Fontes:

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