terça-feira, 22 de março de 2011

AS QUATRO CÂMARAS DO CORAÇÃO




As Quatro Câmaras do Coração
publicado no blog de Sat Inder Kaur (Clau)

Muitas culturas nativas acreditam que o coração é a ponte que liga o Pai Céu à Mãe Terra. Para essas tradições, o coração de quatro câmaras, fonte de sustentação de nossa saúde emocional e espiritual, é definido como cheio, aberto, puro e forte. Essas tradições sentem que é importante conferir diariamente as condições desse coração de quatro câmaras, perguntando :”Estou com meu coração cheio, aberto , límpido e forte ?”

Quando nosso coração não está cheio, nós nos aproximamos das pessoas e das situações só com a metade dele. O sentimento que experimentamos, como se devêssemos fazer algo que não queremos, é o terreno em que germina o coração pela metade. Sentir o coração só pela metade é sinal de que estamos em má posição, e que é hora de sair dessa situação.

Quando nosso coração não está aberto, transformamo-nos em pessoas de coração fechado. Ficar na defensiva, buscar abrigo em nossa própria resistência, proteger-nos contra a possibilidade de sermos feridos são seus sinais. A resposta é abrandar e reabrir o coração.

Quando nosso coração não está límpido, ficamos confusos e carregamos dúvida dentro dele. É onde devemos parar para esperar. Os estados de ambivalência e indiferença são precursores da confusão e da dúvida. A passagem por qualquer um desses estados é um lembrete para aguardarmos a clareza, em vez da ação.

Quando nosso coração não está forte, falta-nos coragem de ser autênticos ou dizer o que é verdade para nós. Força de coração é ter coragem de ser tudo o que somos em nossas vidas. A palavra “coragem “ vem do termo francês coeur, que quer dizer coração e, etimologicamente, significa a “capacidade de defender nosso coração ou nossa essência”. Quando exibimos coragem demonstramos o poder recuperador de prestar atenção àquilo que tem coração e significado para nós. Os Curadores, nas maiores tradições, reconhecem que o poder do amor é a mais poderosa energia de cura de que o ser humano dispõe. O Curador efetivo, em qualquer cultura, é aquele que estende os braços do amor: reconhecimento, aceitação, consideração, valor e gratidão.

As pessoas de todo mundo sempre demonstram umas às outras seu reconhecimento de quatro maneiras: reconhecemos mutuamente nossos talentos; nossas mútuas qualidades de caráter; nossas aparências recíprocas e o impacto que causamos uns aos outros. Quando o reconhecimento de que recebemos é mínimo, isto pode nos trazer uma sensação de inadequação ou de pouca auto-estima.

Os Curadores de qualquer tradição são pessoas naturalmente capacitadas na arte de reconhecer. Estão plenamente convencidos de que o maior remorso é o amor que não se manifestou. Provavelmente, o mais poderoso exemplo contemporâneo de alguém que cura através do amor incondicional é Madre Tereza de Calcutá. Nas tradições xamânicas ela seria chamada de mulher de remédio.

Como mostra o poema asteca que se segue, a combinação de coração e sua relação com a autenticidade tem sido tema perene, usado através de todas as épocas.

Pessoa madura:
Coração tão firme como uma pedra,
Coração tão forte como
O tronco de uma árvore.
Nobre face, sábia face;
Senhor/senhora dessa face
Senhor/senhora de seu coração.
Maturidade:
Nobre face, firme coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Boas vindas!